quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Realidade paralela

ainda é difícil acreditar que tudo aquilo aconteceu.. que aquela semana num paraíso terminou. Não, não foi tuuudo perfeito, mas tá difícil lembrar dos detalhes ruins.. se tornaram sórdidos perto da imensidão de coisas boas que aconteceram.

Cada detalhe, cada sorriso, cada lágrima.. vai ficar tudo pra sempre aqui, comigo.




PS: Como tem gente que consegue sofrer tantas mudanças quanto ao meu ponto de vista? De repente o que me encantava antes, agora me dá um certo nojo, quase desprezo.

domingo, 18 de outubro de 2009

eu só queria poder fazer um bocado de coisa voltar no tempo. Ter chance de mudar algumas coisas ou simplesmente viver tudo só mais uma vezinha.

sábado, 17 de outubro de 2009

Um simples complexo;

Incrível, mágico, misterioso e transparente...

Mas somos criaturas interessantes mesmo, não?
interessante não é sinônimo de bom, nem tampouco definido.
Procuramos fórmulas de amor; queremos conquistar objetivos e pessoas. Nem sempre por questão de querer ter alguém consigo, mas ego mesmo. Porque somos assim.
É estranho admitir e pensar assim, mas tudo e todos giram em torno de elementos 'simples'.. São coisas básicas como conveniência, insegurança, carência e ego. Sim, somos todos assim. A coisa fica mais bonita com uma boa maquiagem, mas é simples assim.
Não, não disse que somos todos maus e que sentimentos verdadeiros e com idéias mais bonitinhas que os elementos fundamentais não existam, por favor.
Acredito no amor, na amizade, na simplicidade e na felicidade sim. Mas tudo, TUDO, é consequência do básico humano.

Parece rude, é cético. Ninguém me conhece como eu, as milhões de personalidades que eu posso admitir e que todos podemos. Tudo questão de conveniência do momento, ou insegurança.
Eu ainda acredito em coisas boas e corro atrás do que quero. Mas é que mesmo sabendo de como funciona tudo isso; ainda tem coisas que nem a maior das conveniências de momentos, minha insegurança de estar sozinha, minha carência constante e meu ego tão facilmente abalável permitem que eu deixe acontecer.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Parece que finalmente tá tudo dando certo.
O dia não foi dos melhores pela manhã.. uma sensação estranha, um mal pressentimento, talvez.
Mas passou e hoje o dia termina bem =)

domingo, 11 de outubro de 2009

descobri que não são só os domingos gelados e chuvosos que me traem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Carência;

carência
s. f.
1. Falta daquilo que é preciso.
2. Necessidade.
3. Privação.



E não tem nada a ver com físico ou aquele carinho materno que eu já tanto almejei.
É carência de conteúdo; carência de um lugar bonito com alguém que me faça dar risada. Carência de encantamento, de magia.

Eu procurei não procurar os detalhes que eu sei onde encontrar, mas tá difícil.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eu sei que SEMPRE vale a pena outra cena de cinema acontecer.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

[?]

A prova de que isso existe, ou de que simplismente é uma plena loucura(doce, mágica e intensa loucura) é que eu já sentia saudades de você antes mesmo de te conhecer;

não, não tem explicação =)
Se muito tempo pra um monte de coisas que eu conciderava importante mas que com o tempo perdeu a prioridade. Não a importância e nem o valor, mas simplesmente não está na hora de colocar a frente dos demais.

TCC, semana da ETE, final de bimestre, roteiro, regime, crise nervosa e a certeza de que tudo vai passar e a pontinha de tranquilidade de saber que ainda assim está tudo bem e tenho tudo o que preciso.
É, acho que já tá bom pra manter uma rotina saudável sem motivo pra reclamar =)

domingo, 4 de outubro de 2009

São lembranças, bons momentos;

Procurei outros tantos outros para escrever sobre... Mas esse tempo escuro, o clima chuvoso e a tarde do domingo sempre são bons pra lembrar e sorrir, e viajar, e chorar até.

Nunca fui das melhores com palavras ditas quanto a sentimentos. Não sou nenhuma boa escritora e nem de longe anseio. Mas ainda prefiro as letras.
Talvez, não seja mais tempo de dizer a importância de cada um, de cada momento; talvez, nunca tenha sido. É meio clichê, mas olhares e risos valem mesmo mais que palavras.
Arrependimentos? Sim, hoje percebi que sim. Me arrependo de não ter abraçado quando tive vontade. Me arrependo de não ter dito quando as palavras insistiam em sair e eu as forçava a ficar. Me arrependo de não ter feito ligações no meio da noite e não ter deixado claro o quanto cada peça faria falta na minha vida. Me arrependo de ter deixado essências mais que essenciais se perderem, e não é de hoje. Me arrependo de não ter escutado a quem realmente importa.

Só quero deixar claro que hoje, tenho certeza absoluta que cada momento que eu passei, valeram a pena. Ainda que as consequências tenham sido grandes. Cada riso, cada abraço, cada besteira, cada amor; TUDO valeu a pena e viveria TUDO denovo. E essa idéia me trás uma sensação boa, por mais impossível que seja; o que só prova o quanto eu sou feliz por tudo que passei, por todos que passei.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cores;

A vida é tão cheia delas! E eu tenho reparado que a maioria delas se esconde nas nuvens; tanto no sentido litarário da coisa como nas figuras de linguagens. Nuvens trazem a idéia de vôo. E tenho descobrido que tirar os pés do chão não depende dos padrões que eu vinha estabelecendo há muito tempo.
Tenho achado bastante interessante trabalhar mais as cores da vida e mostrá-las aos que realmente importam. Mas ainda preciso distinguir cada uma delas e dissernir melhor as tonalidades certas a serem usadas.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Hoje eu não quero dor, hoje eu não quero flor; não quero NADA que rime com AMOR.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

E eu continuo com essa mania boba de tentar maquilar sentimentos; fingir que passou algo que eu sei que continua aqui; mentir pra todos e até tentar mentir pra mim mesma que não afeta em mais nada em palavras vãs de que daqui pra frente é só curtição

Mas eu sei que não é.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reabastecida;

Há tempos eu estava perdida, e sabia disso.
Já não sabia mais onde encontrar saídas, e na verdade, não sabia nem se realmente queria encontrá-las. Afinal, o comodismo é o mal do século; não seria logo comigo que seria diferente.
Pensamentos, atitudes, frases feitas e ditas.. Cada detalhe vinha com uma ponta de arrependimento.

É, a verdade é que eu tava precisando escutar umas boas verdades e refletir sobre tantas outras já conhecidas.

Sol, mar e uma pedra alta. Preciso repetir isso mais veezes e aconselho. Faz um bem incrível!

Enfim, reabastecida de uma energia boa que eu já tava esquecendo o gostihnho bom que só pode vir de dentro de mim mesma =)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Brilha onde estiver!

Nossa missão? Eternizar!
Cada um a sua forma. Eu acredito que essa é a forma de fazer valer a pena, afinal, daqui, não se leva nada. Mas se é pra deixar, deixe o melhor.

Tio, você foi brilhante! Sem dúvidas, um dos melhores corações que passou pela minha vida. Foi o tipo de pessoa que a gente vai sempre lembrar com aquele carinho e admiração. Essa foi a sua marca.
Eu não sei exatamente o que acontece com a nossa alma quando deixamos esse plano. Na verdade, nenhum de nós sabe. A minha única certeza quanto a isso, é que se realmente existe um lugar melhor, aquele que dizem que só os bons merecem, ah tio, eu sei que você é aí que você vai estar.

BRILHA onde estiver, anjo bom.

sábado, 1 de agosto de 2009

Hoje eu senti mais forte que nunca que não vai adiantar eu fugir das lembranças do sorriso mais doce e tímido que já provei. Não vai solucionar absolutamente nada procurar seu jeito centrado em alguém que pareça ser mais maduro. Que um número absurdo de pessoas estão propicias a entrar na minha vida nos próximos meses, mas que nenhuma vai tirar ou canalizar para si a atenção tão grande que tudo isso ainda me rouba.
Eu simplesmente sei que enquanto eu tiver de estar aqui com esse olhar e essa energia toda que me embaralha e me faz me perder desde sempre, que trás das abelhas ás maripozas e borboletas para dentro de mim, eu não vou poder esquecer e seguir de verdade.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Entregue a própria sorte;

Não quero mais saber de bloqueios, nem tampouco de paixões.
Pouco me importa se amanhã vou te encontrar na multidão e me perder durante a noite em seus braços ou se vou passar dias inacabáveis ao seu lado.
Que rolem os dados; a sorte está entregue. Só por favor, não me deixa arrepender de ter liberado esses dados para rolarem mais uma vez depois de tanto tempo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Te ganhar ou perder sem engano;

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira...

domingo, 12 de julho de 2009

É, o twitter tá mesmo roubando o espaço. Mas não vou abandonar.
Só tô de férias daqui um pouco também =)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

All good thing come to an end;

Não me pergunte o porquê.
Eu não acredito plenamente nessa provérbio; mas sei que pelo menos parcilamente todas as coisas boas tem seu final. Cada momento bom um dia acaba; o amor eterno? A morte separa; tudo tem um final, por mais que aquele fim não seja definitivo; existr identico e eternamente, com certeza não vai.
Só não espera mais nada de mim. Eu cansei de verdade de dar chances que nunca foram arrsicadas; de esperar telefonemas que nunca tocaram; de esperar por encontros que jnunca aconteceram.
Dessa vez, definitivamente, a coisa boa, a esperança boa, a expectativa gostosa acabou.

Aiai, frio, tédio e saudades da minha cama.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fragrância;

Eu estava ali, naquele meu encontro marcado com alguém que não sabia exatamente que estava em um encontro, quem se importa? Bom, talvez minha dignidade já não se importasse muito mesmo com essas situações ridículas.
Bom, eu só não esperava que a mesma idéia se passava pela cabeça dele.

Me sentei no mesmo banco de sempre - onde matinalmente ele vinha com aquela beleza que chegava a ofender os demais - e tirei aquele livro velho de dentro da bolsa que me ocupava a mente durante diversas partes do dia como no ônibus, nos intervalos e antes de dormir. Mas não ali, não naquela praça onde podia usá-lo como escudo da minha covardia e observá-lo por detrás do mesmo. Ah, essa atenção nem mesmo José Saramago e sua literatura sedutor roubavam a atenção reservada àquela cabeleira loura que se postava ao meu lado.

Não precisei me curvar pra saber que ele havia chegada. O cheiro suave e másculo chegou antes dele, e não me pergunte como naquela distância que costumávamos ficar eu sentia aquele cheiro.
O caso é que daquela vez o cheiro era diferente. A fragrância era a mesma mas era mais forte de alguma forma, talvez ele tivesse passado mais colônia que o normal aquela manhã - ou pelo menos foi isso que pensei até perceber por detrás do meu livro que não era a quantidade de perfume que era maior, mas sim a distância que era menor. E de repente, como se um enxame de borboletas tivessem brotado no meu estômago, percebi que além do corpo esbelto, o topete perfeitamente desgrenhado e olhar tão profundo havia um sorriso magnífico e estonteante. Sabe o que era melhor ainda: Por mais que eu custasse acreditar, era para mim.

De repente não sinto mais vontade de descrever o restante do que fora aquele dia. As lembranças só em mim parecem ter um gosto ainda mais delicioso levando em conta que é um segredo tão meu, um gostinho tão único que perdão, mas só eu vou deliciar nos devaneios de volta aquele dia, tarde e noite.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vida! Viva!

Eu estive imóvel enquanto observava aquele ciclo mais uma vez - Melhor dizendo, enquanto esperava por ele.
É especialmente estranho depois que você se acostuma a rotina de leituras, seriados e filmes se ver de novo pensando em alguém. Não em alguém exatamente, mas NO alguém.
Alguém novo, alguém que você não sabe muito além do nome e onde encontrar, sabe, isso é bastante interessante. Expectativa. Confesso que não lembrava exatamente como era ter expectativas nesse sentido.
O melhor de tudo é a sensação do jogo. Aparentemente, mil perdões, mas eu estou ganhando. Mas calma, possivel e provavelmente isso seja extremamente positivo a você.
Pode me chamar de futil ou o que quiser, mas sou movida a emoção que seus olhares perplexos e perdidos se perdem.

Não procure saber onde estou se o meu jeito te surpreende ♪

domingo, 5 de julho de 2009

Do you feel loved?

Take the colours of my imagination
Take the scent hanging in the air
Take this tangle of a conversation
Turn it into your own prayer.
With my fingers as you want them
With my nails under your hide
With my teeth at your back
And my tongue to tell you the sweetest lies.

Do you feel loved?
And it looks like the sun
But it feels like the rain.

sábado, 4 de julho de 2009

férias, doces férias =)

Serio mesmo, ser bombado deve doer MUITO!
5 dias de academia saindo da cama na base do dorflex não é fácil não!

É, sabe que as férias tão até sendo melhorzinhas do que eu tava crendo? =)
Mas ta fazendo falta... Ah meu terceirão... ♥

quarta-feira, 1 de julho de 2009

;

E até hoje eu acredito que, na maior parte do tempo, a vida é uma questão de escolhas. É uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Semelhantes controvérsias;

O tudo aqui parece tão semelhante ao nada.
Me disseram que o amor era o mais perfeito estado de harmonia e ao mesmo tempo o coração a ponto de saltar pela boca a qualquer momento. Não demorou muito pra que me dissessem que o não amor era mais calmo, mas que você sempre ansiava pela chegada de um novo 'chinelo velho. Meio contraditório isso, não?
E qual a diferença entre o tudo e o nada? É preciso limitar o tudo; já o nada, trata exatamente a limitação.
Observar Tantas juras de 'todo o amor de mundo', ah isso é lindo! Adoro os amantes e amados, sabiam? Mas eles tem uma capacidade de me desiludir incrível! É uma pena depois ver 'todo o amor do mundo' ir pro saco depois de alguns meses de tanto amor.
E então, logo, mais uma vez, o tudo se mostra um pouco menos digno do nada; fora uma coexistência, enquanto o nada sempre teve ciência de seu lugar.

"Não consigo imaginar minha vida sem você, amor. Promete que vamos ser melhores amigas para sempre e que vamos nos ver todas as semanas! Eu preciso de você; nada é perfeito se você não está por perto"

Encontrei uma carta da minha melhor amiga de sete anos atrás no meu bauzinho hoje e ri das nossas peripécias idiotas. Foi bom =) Ah, sobre ela?
Namora há dois anos com um cara, estuda na mesma escola em que nos conhecemos e nos encontramos esses dias (havia alguns meses que não nos víamos, logo, a primeira promessa já foi quebrada), bom, nos sentamos em uma mureta que foi cenário para todas as fotos de fim de ano, para os porres de criança em porta de escola, brigas de escola e meu canto favorito fora da escola. Foi bom me ver ali -pelos primeiros dez segundos -, logo, perguntamos algumas perguntas rotineiras e o assunto se acabou.
Isso me baçlançou um bocado, e olha que hoje em dia já não é mais qualquer coisa que mexe comigo.
NINGUÉM é insubstituível. Contextei e odiei quem escreveu isso por um bom tempo, mas é fato. Assim como o fato de que "Torna-te resposável por aquilo que cativa", tudo é uma questão de reciprocidade. Não sou nenhuma pessoa fria que quis me afastar da pobre melhor amiga da quinta série.
Simplismente não tenho mais a paciência e a capacidade de crer no próximo que eu tinha há sete ou um ano atrás.

Onde o tudo é plenamente compatível ao nada; eu só preciso de quem realmente importa aqui, hoje e agora.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Em meus braços

Parece que foi ainda ontem; nós dois deitados e abraçados, rindo e conversando, e olhando e admirando. E era esse o nosso admirável velho novo mundo.
Eu me lembro dos desenhos característicos. Ah, eu lembro do seu olhar terno e me recordo com a mais perfeita nitídez da sua forma de me tratar como homem algum tratou antes. Como a mulher que sou, como a sua mulher que fui.
Eu ainda posso sentir a conexão perfeita estabelecida entre nós. Das demonstrações íntimas e íntegras do nosso carinho que não começara a ser construindo no primeiro beijo. Mas do primeiro beijo que fora tomado após tanto carinho.
Eu tenho gravado em mim a sua imagem caminhando na minha direção com um olhar apaixonado que eu não estava acostumada a provar, e o mais inédito ainda, era recíprocuo aos olhos de todos e aos nossos corações, nós sabíamos!
E você entre os meus braços; confissões, beijos, carícias e amor. E fogo. E paixão.
"Amor é fogo que arde sem se ver"
Eu incendiei e chamei a tempestade por de cima de nossas cabeças.

Não é arrependimento de nada. É só a dor e o amor às lembranças que foram lindas enquanto estiveram vividas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

You only live once!

Eu sinto aquela coisa boa no ar.
É como uma fragância do campo, doce e carismática; um perfume que encanta!
É um tipo diferente de amor ou de dor; é a intensidade da calma. A doce rotina apimentada!
É isso tudo em vocês, em nós; em mim!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

"E se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida."
Oscar Wilde.

domingo, 31 de maio de 2009

Simples assim;

A felicidade está em detalhes tão pequenos. Pode até ser considerado sórdido e perder sua essência.
Eu tô aprendendo a amar cada um deles!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Quem me dera...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!

Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só porque vivi...

Só porque aprendi;
Aprendi a amar, a intensificar cada momento, a me vestir, a rir, a me expor, a ser eu mesma, a ser menos orgulhosa - ainda -, a me amar, a brincar, a viajar.
Só porque compartilhei;
Minhas músicas, meus sentimentos, meus melhores momentos, meus piores momentos, meus risos, meus medos, minhas dificuldades, meus fantasmas, meus sonhos, minha intimidade.
Só porque chorei;
lágrimas de mágoa, de tristeza, de saudades, de decepções, de amores despedaçados, de dores de cabeça após guerras de travesseiros, de dores de cair no chão e levantar rindo, de rir até chorar, daquela alegria que emergia e escorria pelo meu rosto, de agradecimento por ter tido teu ombro sempre tão vivido pra me encostar e ouvidos tão dispostos sempre a me escutar.
Só por que virei;
Virei a menina mais arrumada, a mulher se descobrindo; virei as noites rindo e contando histórias tão nossas, virei tardes assistindo filmes que nunca tiveram finais, sua mochila e vi nossas vidas viradas de mãos dadas contigo.
Só porque pequei;
pequei por amar uns demais e outros de menos, por entregar tão cegamente meu caminho a mãos que só deviam ser as minhas próprias, porque fingi por mim e por você, só porque menti tantas vezes a alguns pra ter tempo a mais com você.
Só porque sei que nunca me arrependerei de ter pecado com e por você;
Só porque amei;
Amei cada manhã, tarde, noite e madrugada ao teu lado - por mais que eu tenha odiado alguns momentos, era o tempo que meu ódio por você não sabia marcar território em mim por mais de dez minutos. Amei cada conselho, cada fofoca, cada conselho, cada porre e cada sorriso.
Só porque vivi;
Só porque posso dizer sem sombras de dúvidas que vivi com você o melhor, mais difícil e mais intenso ano da minha vida. Só porque vivi emoções e abraços, vivi a magnetude do amor sincero entre amigas, vivi o tédio e a ânsia por te colocar logo a par da minha vida por algumas noites. Só porque vivi sua vida na minha e uma reciprocidade inagualável.
Só porque acabou uma fase e outra começa não significa que essas coisas tão minhas, tão nossas, vão abandonar meus pensamentos. É o que há de ficar comigo, é o que eu quero e o que vou manter.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Remembering that Sunday.

Hoje o dia parece se completar em harmonia. Conheci pessoas novas que me surpreenderam de uma forma positiva. Isso é tão bom.
Um dia para refletir também. O que fora meu passado e como deixar que isso interfira...
Foram tantos as lágrimas.. Por outro lado, um considerável número de vez a mais de risos e brincadeiras maravilhosamente familiares e desejados.
Em suma, olhando agora simplesmente não posso, não consigo e tão pouco quero me arrepender daquilo tudo que jurei a mim mesma apagar. Não. Não vale a pena =)

Deitada na minha cama ingerindo algumas milhares de calorias num brigadeiro de panela, eu me encontrei entre risinhos abafados revivendo aquilo tudo que foi meu passado. Uma saudade boa foi o que restou. Não uma vontade de voltar; mas simplesmente satisfeita por ter aquele meu lado tão intacto ali inteirinho para mim quando eu precisar. Eu sei que vou. E é por isso que estou me esforçando razoavelmente pra alimentar esse banco de memórias boas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

There love in the air. Do you wanna breathe now?

Após passar dias naquele estado profundo de sono, alfa, coma ou como preferirem chamar. Eu pude me sentir mais uma vez eletrizada; não no sentido de fobia ou ansiedade, mas sim, sentir o pulsar de sangue em minhas veias e perceber que tem de haver um motivo para eu estar aqui e somente eu posso ter o menor controle que seja sobre isso.
Eu senti as ondas me chamando para caminhar junto a ela, e obedeci com um sorriso ao canto do lábio. Eu queria, eu precisava daquilo tanto quanto jamais havia o sentido antes. Um sinal, talvez. Mas talvez, eu também não acredite em sinais.
Como num caso do mais puro acaso... Ele estava ali, sentado junto a minha pedra favorita, como que esperando por algo, por alguém, por mim. Parecia loucura, mas a tal altura, não vejo o que perder.
Ele não estava só - ou pelo menos foi essa a impressão que tive ao me aproximar. Ele falava e ria abertamente, uma voz grave e uma risada gostosa de se escutar. Eu só podia ver suas costas e não imaginava o que alguém poderia estar fazendo sentado naquela pedra alta onde batia aquele mesmo vento gelado de Junho ao qual eu já era habituada - assim como o hábito de me encontrar comigo mesma sozinha ali.
Eu não tinha muitas opções, aquele era o meu lugar e de repente eu sentia a presença de um intruso que não me parecia tão ruim assim. Não, não dessa vez. Sem proximidades. Hora de dar meia volta e fechar aquela porta sempre tão vulnerável e tendenciosa ao sofrimento quando eu me dava ao mínimo descuido de baixar a guarda pelo menor tempo que fosse. Hora de fechar a porta mais uma vez.
Eu tentei, juro que me esforcei. Mas de certa forma, aquilo tudo me maravilhava e seduzia. Tudo bem, é só uma noite gelada e logo menos estarei deitada mais uma vez sobre minha cama quente e nem ao menos me lembrarei deste estranho engraçadinho.
Me juntei a ele com a pior desculpa e mais usada possível que encontrei no meu vocabulário.
- Por favor, que horas são?
Aqueles olhos cor de mel penetraram aos meus de uma forma inexplicável. Além de lindos, eram penetrantes, encantadores, inexplicáveis.
Ele respondeu alguma coisa relacionada a macacos que voavam ou qualquer outra coisa sobre matemática. Eu não consegui me recordar dessa parte, perdão.
Eu me sentei junto a ele depois de seu convite, eu não tive palavras, apenas assenti e me juntei a ele.
A noite seguiu entre conversas tendenciosas e tensas; entre risos e gargalhadas; entre abraços, beijos e carícias tão puras quanto o amor. Ele era diferente de tudo o que conhecia - o que mais uma vez era um bom motivo pra me afastar daquele maluco magnificamente encantador.
Eu sentia meu corpo implorando por um banho quente e roupas novas, mas eu não pude, simplesmente. O sol nascia diante de nós mais uma vez. Eu já havia visto tantos daquele sol nascente, mas aquele, ao mesmo tempo era diferente. Era mais iluminado, por mais que o vento gelado estivesse cortando nossas entranhas ali, a beira mar.
Era hora de ir embora, uma dor nova partia meu peito. Não era a dor que eu tinha me habituado em relação aos homens. Em geral, todos eles sempre me ajudaram com muita generosidade a esquecê-los simplesmente mostrando sua personalidade frágil e infantil. Já ele saia ali da minha vida voltando ao seu mundo levando consigo toda a admiração, encanto e chama de paixão que ele poderia ter extraído de mim.
As caminhadas a beira mar, agora seguiam em busca daqueles olhos cor de mel fumegando junto aos meus, ao sentimento que eu julgava só ser possível ao longo de tanto tempo; eu ardi por ter aquilo mais uma vez.
A vida se seguiu, sem ele. Mas com a promessa de que homens de verdade existem; é só uma questão de tempo, paciência, sorte e amor próprio para amar ao outro.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A tarde caia entre raios vividos do sol e a brisa gelada do começo do outono. Desde pequena ela adimirava aquele mesmo sol poente com seu diário em mãos relatando seus sentimentos. Hoje, ela sabia que a doce rotina a faria melhor do que continuar entre aqueles engasgos e gritos tão íntimis e avastadores que o meio de seu inferno pessoal construiu tão deicadamente alea, com a ajuda mais inocente e inconsequente que ela o deu as cegas e de bom agrado.
Era aparentemente a realidade perfeita. Minunciosamente desenhada e analizada; amigos por todos os lados,família, casa, comida, estudos, passeios e alguns rapazes sempre tão destintos e extremos, cada um a seu gosto. Aquilo tudo fora capaz de preenchê-la por um tempo razoável. Esse tempo acabou.
Tudo parece um devaneio absurdo. Acreditar que tanta superficialidade a contentou; quando a questão era tão mais profunda.

A paz está logo ali: no sol poente; na sua música calma; no silêncio humano; nos chocolates; nas flores que ela contaas pétalas e a paz tão dela.

terça-feira, 31 de março de 2009

Onde tudo é tão parecido com o nada; sentimentos explodem numa interminável onda de silêncio. Não sufoca. Tudo parece mais calmo.
As pessoas parecem mais calmas, já não é mais como antes. Deixo bem claro que isso não é uma reclamação.
Eu posso sentir essa onda de calmaria me invadindo também. Pode ser classificado como comodismo. Me trás bem estar. Isso basta.
Há poucos em quem se confiar de verdade. Isso sim me faz bem de verdade. Eu já não sinto mais falta daquilo tudo, o mundo que havia pensado ser para mim; hoje posso ver e sentir claramente que jamais me pertenceu e tenho plena certeza que a pequena cabana que construí para mim cabe e encaixa perfeitamente tudo que eu realmente preciso quando preciso.

Por ora, isso me faz bem e completa satisfatoriamente; é o que importa.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Welcome to the dream.

Como em um sonho.
Manhã de quarta-feira. Mais um dia com aquela mesma rotina comum suportável, comum... As mesmas pessoas, os mesmos boatos e novidades com algumas diferenças que ela realmente se forçava a diferenciar da do dia anterior para não decepcionar as amigas que a procuravam com tanta voracidade esperando expressões e respostas tão fortes e extravagantes quanto as que as mesmas tiveram quando o fato ocorreu numa igualdade tediante a do dia passado que só as amigas não viam... Tudo bem, ela entende, já teve dias melhores e conhecia a decepção que não queria trazer àqueles que a queriam por perto.
Tinha também prioridades, Hobbes, amigos e um passado como qualquer outra pessoa. Talvez um passado um pouco mais intenso - isso não significa que tenha sido melhor - que boa parte de seus colegas. Era uma vida feliz; com altos, baixos; felicidades, tristezas; ilusões e tantas quanto, as decepções.
Sorria durante uma parte considerável do dia e não era só por aparências. Ela era feliz. Com amigos, um futuro e passado traçados, e uma paixão para encorajá-la a seguir por mais que não fosse um romance como suas amigas descreviam; ela estava satisfeita em ter alguém para admirar.
Esse alguém, como nos seus mais profundos devaneios: tudo aquilo que ela via em filmes e admirava: Alto, loiro, olhos claros, magro, calado, tímido e um olhar covardemente sedutor.
Não precisava ser seu namorado, ela o possuía de certa forma que ele não imaginava e jamais imaginaria. Como em um sonho.
Era daquela forma que ela se acostumou com o ‘amor’ tão citado. Aquele sentimento parecia um encaixe perfeito à descrição dos livros e amigas: primeiro olhar congelante; procura pelos cantos; Calafrios e arrepios com a possibilidade de se conhecerem e se aproximarem e finalmente travar da forma mais ridícula possível com as palavras diante dele e despedir de mais uma chance de aproximação. Tudo bem,ela é acostumada e está quase começando a se encorajar parar despejar todas as suas ânsias e sentimentos acumulados por ele por tanto tempo, e coitado, ele mal tem culpa ou sequer imagina a situação em que se metera. Quem manda aparentar ser tão perfeito?
Os dias passam, a certeza dela sobre tal atitude cresce e quando ela alcança seu estopim, toma sua decisão. Um olhar muda tudo aquilo, toda convicção vai por água a baixo e um sujeito estranho com pinta de malandra e todas as qualidades negativas imagináveis para ela se mostraram em sue sorriso. Já era tarde. Os olhares sedutores do cara com pinta de ator já não surtiam mais efeitos e por mais que fosse difícil para ela admitir, ela já sabia que era com ele que estava seus pensamentos. Que quando estivesse desprevenida, seria ele quem a surpreenderia.. Doía, mas é o jogo da vida.
O sonho do amor, como tudo, teve seu inicio, meio e fim. E na verdade, também não era amor. Só uma dose mais forte do que ela provara antes.
Como um sonho. Ela acordou.

domingo, 22 de março de 2009

Se ele dança, eu danço.

Palavras são desnecessárias quando o ritmo chama pela alma. Um olhar. As mãos estão atadas e a melodia conduz todo o mais.
A música - a linguagem da alma -, leva passos de um lado ao outro, giros e giros estendidos. O sorriso se abre conforme a sintonia dos passos e a mente se conecta. Assim segue uma após a outra.
O corpo reclama por dores, a mente e o coração estão felizes por aquele momento. Respeito. Uma trégua ao corpo e um novo momento para novos pensamentos.
O ritmo diminui; as batidas aumentam, e, por mais que o físico esteja agora na brisa, o calor aumenta só pela presença de seu parceiro. Não é um parceiro qualquer.
A alma se está acalorada, o corpo numa dança sem ritmo e assim a noite segue em sua dança com as estrelas.
A paz reina ali, por mais que a forocidade domine a mente, ainda assim é a paz naquele momento. De mais, não importa.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O circo está fexando. Dessa vez eu posso sentir. As cortinas estão se encontrando e o fogo é sufocante. Queima tanto a alma quanto as esperanças de encontrar meu ar mais uma vez fora daquilo tudo. Asfexiando. Eu deiexei acumular a sujeira, as lascas velhs por tanto tempo; e agora elas fazem isso tudo encendiar numa proporção que eu não contava.

Eu quis sentir mais uma vez aquele calor acolhedor; daqueles que se anseia por tal.
Não me permiti, me proibi. Regras simplismente não existem. E agora veio a ventania que se juntou ao clima seco que tudo se mantinha e foi o suficiente para começar o fogaril. Agora eu estou aqui me conformando com a fumaça que inalo e as cinzas que vão sobrar.

A pressão atmosférica por todos os cantos não ajudou muito a me previnir para evitar tais danos. Estive preocupada olhando pra coisas menores e não pude notar que o clima mudara e eu não pude tomar medidas para evitar isso. Estive submersa demais em coisas tão menos desimportantes...

Agora eu estou aqui observando a devastação e esperando os antigos pulmões cansarem e se entregarem junto àquilo tudo. Assim, de certa forma, observei os piores erros e posso me permitir um novo tipo de cenário.

Os circos são lindos e atraente com suas tantas cores, seus belos animais adestrados e aqueles tantos sorrisos sedutores em sua graça por seus plahaços, acrobatas e todo o mais. Mas o tecido que o cobre é frágil. Quase inflmável, talvez por ser tão belo e intenso em seus movimentos.

Por hora, eu me conformo em me recuperar da tal asfexia do meu antigo circo num quarto.
Meu palco me espera. É só uma questão de tempo pra eu conseguir subir no chão firme do palco coberto pelo teto de concreto e com portas com fechaduras. Assim, neste, só se mantem quem é permintido.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Se me pergunta por que me submeti a viver o suplício das dúvidas por dentro de suas meias palavras, a resposta se perde de forma tão contraditória quanto você diante suas atitudes, pensamentos e dizeres.
São meus olhos; por mais que eu diga um milhão de palavras - e considere isso tudo tão clichê - eu sei que sempre eles estão dispostos a me desmentir até mesmo quando apenas indago pensamentos de que não mais é você. É como se eu pudesse sentir o rubro fugor ardendo em brilho nos meus olhos que insistem em me condenar.
É te olhar, te sentir, emanar seu perfume em mim por alguns instantes e ter a plena certeza por pelo menos mais um dia - aquele dia - eu vou ter a sua presença em mim e provar, e deliciar-me mais uma vez do tão doce e verdadeiro veneno da ilusão; como uma droga , me dei ao luxo do vício de tais devaneios . Como meu combustível de humor, de amor. Um olhar teu e eu já posso despertar e brincar de sonhar pelo tempo que meu organismo não reclamar por mais uma dose de você.
É assim vendo que se descobre no meu tão íntimo, o motivo de tanta entrega, tanta submissão a um único sentimento : você é o meu combustível. Minha droga favorita e veneno doce e mortal, onde apenas este me tira e livra da agonia e da monotonia da dor e loucura da abstinência. Abstinência de alegria, de paixão, da adrenalina e da vida. Só você.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Neeews!

Ano novo, ano letivo novo também, mas a sensação que tua presença me causa... Essa parece insistir em me ludibriar, atormentar, enfurecer, odiar-me, hipnotizar, encantar, desmoronar.
Era tão bom quando há algum tempo atrás minha covardia era acariciada pela idéia de que ainda me restava dois longos anos para poder me aproximar de você, para te dizer aquilo tudo que está guardado para você aqui comigo; mais: para sonhar em te mostrar e te fazer sentir aquilo que eu guardo aqui intocado de certa forma, apenas a sua espera. E agora, aqui estamos, Fevereiro de 2009, parece muito dizendo assim, dez meses. Mas eu sei que meu sub-consciente vai lutar de forma absurda contra meu desejo e minhas certezas em tentativas de afastar ainda mais de você e eu temo tanto acordar daqui há alguns meses e perceber que eu continuo enfincada na mesma lama suja, que me consome, que me enterra e que me mantém cada vez vez mais abarricada nessa situação ridícula diante de você.
A boa nova é que daqui pra frente eu me sinto mais confiante, mais perto de você de alguma forma que eu não sei explicar, o caso é que eu cansei de apenas me lamentar e tenho sérias intenções de te ter por perto, nem que seja ao menos pra marejar por teus olhos com uma proximidade que eu realmente necessito provar. Sentir aquela voz doce e acanhadinha diante de mim, se referindo a mim... Não é só por mim isso tudo, tenho gente demais que está comigo há tanto e mais do que a mim, eu não vou decepciona-las.
O bom do ano letivo quanto a você é isso: Saber que terei do seu néctar para provar novamente, terei meu vício de te observar nem que a distância, suprido mais uma vez. Terei tudo aquilo que me pareceu tomado de forma covarde para mim, naquele mundo tão meu, tão nosso que eu construí e escolhi você como cenário, palco e personagem principal.
02 de Fevereiro de 2009