domingo, 31 de maio de 2009

Simples assim;

A felicidade está em detalhes tão pequenos. Pode até ser considerado sórdido e perder sua essência.
Eu tô aprendendo a amar cada um deles!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Quem me dera...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!

Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só porque vivi...

Só porque aprendi;
Aprendi a amar, a intensificar cada momento, a me vestir, a rir, a me expor, a ser eu mesma, a ser menos orgulhosa - ainda -, a me amar, a brincar, a viajar.
Só porque compartilhei;
Minhas músicas, meus sentimentos, meus melhores momentos, meus piores momentos, meus risos, meus medos, minhas dificuldades, meus fantasmas, meus sonhos, minha intimidade.
Só porque chorei;
lágrimas de mágoa, de tristeza, de saudades, de decepções, de amores despedaçados, de dores de cabeça após guerras de travesseiros, de dores de cair no chão e levantar rindo, de rir até chorar, daquela alegria que emergia e escorria pelo meu rosto, de agradecimento por ter tido teu ombro sempre tão vivido pra me encostar e ouvidos tão dispostos sempre a me escutar.
Só por que virei;
Virei a menina mais arrumada, a mulher se descobrindo; virei as noites rindo e contando histórias tão nossas, virei tardes assistindo filmes que nunca tiveram finais, sua mochila e vi nossas vidas viradas de mãos dadas contigo.
Só porque pequei;
pequei por amar uns demais e outros de menos, por entregar tão cegamente meu caminho a mãos que só deviam ser as minhas próprias, porque fingi por mim e por você, só porque menti tantas vezes a alguns pra ter tempo a mais com você.
Só porque sei que nunca me arrependerei de ter pecado com e por você;
Só porque amei;
Amei cada manhã, tarde, noite e madrugada ao teu lado - por mais que eu tenha odiado alguns momentos, era o tempo que meu ódio por você não sabia marcar território em mim por mais de dez minutos. Amei cada conselho, cada fofoca, cada conselho, cada porre e cada sorriso.
Só porque vivi;
Só porque posso dizer sem sombras de dúvidas que vivi com você o melhor, mais difícil e mais intenso ano da minha vida. Só porque vivi emoções e abraços, vivi a magnetude do amor sincero entre amigas, vivi o tédio e a ânsia por te colocar logo a par da minha vida por algumas noites. Só porque vivi sua vida na minha e uma reciprocidade inagualável.
Só porque acabou uma fase e outra começa não significa que essas coisas tão minhas, tão nossas, vão abandonar meus pensamentos. É o que há de ficar comigo, é o que eu quero e o que vou manter.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Remembering that Sunday.

Hoje o dia parece se completar em harmonia. Conheci pessoas novas que me surpreenderam de uma forma positiva. Isso é tão bom.
Um dia para refletir também. O que fora meu passado e como deixar que isso interfira...
Foram tantos as lágrimas.. Por outro lado, um considerável número de vez a mais de risos e brincadeiras maravilhosamente familiares e desejados.
Em suma, olhando agora simplesmente não posso, não consigo e tão pouco quero me arrepender daquilo tudo que jurei a mim mesma apagar. Não. Não vale a pena =)

Deitada na minha cama ingerindo algumas milhares de calorias num brigadeiro de panela, eu me encontrei entre risinhos abafados revivendo aquilo tudo que foi meu passado. Uma saudade boa foi o que restou. Não uma vontade de voltar; mas simplesmente satisfeita por ter aquele meu lado tão intacto ali inteirinho para mim quando eu precisar. Eu sei que vou. E é por isso que estou me esforçando razoavelmente pra alimentar esse banco de memórias boas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

There love in the air. Do you wanna breathe now?

Após passar dias naquele estado profundo de sono, alfa, coma ou como preferirem chamar. Eu pude me sentir mais uma vez eletrizada; não no sentido de fobia ou ansiedade, mas sim, sentir o pulsar de sangue em minhas veias e perceber que tem de haver um motivo para eu estar aqui e somente eu posso ter o menor controle que seja sobre isso.
Eu senti as ondas me chamando para caminhar junto a ela, e obedeci com um sorriso ao canto do lábio. Eu queria, eu precisava daquilo tanto quanto jamais havia o sentido antes. Um sinal, talvez. Mas talvez, eu também não acredite em sinais.
Como num caso do mais puro acaso... Ele estava ali, sentado junto a minha pedra favorita, como que esperando por algo, por alguém, por mim. Parecia loucura, mas a tal altura, não vejo o que perder.
Ele não estava só - ou pelo menos foi essa a impressão que tive ao me aproximar. Ele falava e ria abertamente, uma voz grave e uma risada gostosa de se escutar. Eu só podia ver suas costas e não imaginava o que alguém poderia estar fazendo sentado naquela pedra alta onde batia aquele mesmo vento gelado de Junho ao qual eu já era habituada - assim como o hábito de me encontrar comigo mesma sozinha ali.
Eu não tinha muitas opções, aquele era o meu lugar e de repente eu sentia a presença de um intruso que não me parecia tão ruim assim. Não, não dessa vez. Sem proximidades. Hora de dar meia volta e fechar aquela porta sempre tão vulnerável e tendenciosa ao sofrimento quando eu me dava ao mínimo descuido de baixar a guarda pelo menor tempo que fosse. Hora de fechar a porta mais uma vez.
Eu tentei, juro que me esforcei. Mas de certa forma, aquilo tudo me maravilhava e seduzia. Tudo bem, é só uma noite gelada e logo menos estarei deitada mais uma vez sobre minha cama quente e nem ao menos me lembrarei deste estranho engraçadinho.
Me juntei a ele com a pior desculpa e mais usada possível que encontrei no meu vocabulário.
- Por favor, que horas são?
Aqueles olhos cor de mel penetraram aos meus de uma forma inexplicável. Além de lindos, eram penetrantes, encantadores, inexplicáveis.
Ele respondeu alguma coisa relacionada a macacos que voavam ou qualquer outra coisa sobre matemática. Eu não consegui me recordar dessa parte, perdão.
Eu me sentei junto a ele depois de seu convite, eu não tive palavras, apenas assenti e me juntei a ele.
A noite seguiu entre conversas tendenciosas e tensas; entre risos e gargalhadas; entre abraços, beijos e carícias tão puras quanto o amor. Ele era diferente de tudo o que conhecia - o que mais uma vez era um bom motivo pra me afastar daquele maluco magnificamente encantador.
Eu sentia meu corpo implorando por um banho quente e roupas novas, mas eu não pude, simplesmente. O sol nascia diante de nós mais uma vez. Eu já havia visto tantos daquele sol nascente, mas aquele, ao mesmo tempo era diferente. Era mais iluminado, por mais que o vento gelado estivesse cortando nossas entranhas ali, a beira mar.
Era hora de ir embora, uma dor nova partia meu peito. Não era a dor que eu tinha me habituado em relação aos homens. Em geral, todos eles sempre me ajudaram com muita generosidade a esquecê-los simplesmente mostrando sua personalidade frágil e infantil. Já ele saia ali da minha vida voltando ao seu mundo levando consigo toda a admiração, encanto e chama de paixão que ele poderia ter extraído de mim.
As caminhadas a beira mar, agora seguiam em busca daqueles olhos cor de mel fumegando junto aos meus, ao sentimento que eu julgava só ser possível ao longo de tanto tempo; eu ardi por ter aquilo mais uma vez.
A vida se seguiu, sem ele. Mas com a promessa de que homens de verdade existem; é só uma questão de tempo, paciência, sorte e amor próprio para amar ao outro.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A tarde caia entre raios vividos do sol e a brisa gelada do começo do outono. Desde pequena ela adimirava aquele mesmo sol poente com seu diário em mãos relatando seus sentimentos. Hoje, ela sabia que a doce rotina a faria melhor do que continuar entre aqueles engasgos e gritos tão íntimis e avastadores que o meio de seu inferno pessoal construiu tão deicadamente alea, com a ajuda mais inocente e inconsequente que ela o deu as cegas e de bom agrado.
Era aparentemente a realidade perfeita. Minunciosamente desenhada e analizada; amigos por todos os lados,família, casa, comida, estudos, passeios e alguns rapazes sempre tão destintos e extremos, cada um a seu gosto. Aquilo tudo fora capaz de preenchê-la por um tempo razoável. Esse tempo acabou.
Tudo parece um devaneio absurdo. Acreditar que tanta superficialidade a contentou; quando a questão era tão mais profunda.

A paz está logo ali: no sol poente; na sua música calma; no silêncio humano; nos chocolates; nas flores que ela contaas pétalas e a paz tão dela.