terça-feira, 31 de março de 2009

Onde tudo é tão parecido com o nada; sentimentos explodem numa interminável onda de silêncio. Não sufoca. Tudo parece mais calmo.
As pessoas parecem mais calmas, já não é mais como antes. Deixo bem claro que isso não é uma reclamação.
Eu posso sentir essa onda de calmaria me invadindo também. Pode ser classificado como comodismo. Me trás bem estar. Isso basta.
Há poucos em quem se confiar de verdade. Isso sim me faz bem de verdade. Eu já não sinto mais falta daquilo tudo, o mundo que havia pensado ser para mim; hoje posso ver e sentir claramente que jamais me pertenceu e tenho plena certeza que a pequena cabana que construí para mim cabe e encaixa perfeitamente tudo que eu realmente preciso quando preciso.

Por ora, isso me faz bem e completa satisfatoriamente; é o que importa.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Welcome to the dream.

Como em um sonho.
Manhã de quarta-feira. Mais um dia com aquela mesma rotina comum suportável, comum... As mesmas pessoas, os mesmos boatos e novidades com algumas diferenças que ela realmente se forçava a diferenciar da do dia anterior para não decepcionar as amigas que a procuravam com tanta voracidade esperando expressões e respostas tão fortes e extravagantes quanto as que as mesmas tiveram quando o fato ocorreu numa igualdade tediante a do dia passado que só as amigas não viam... Tudo bem, ela entende, já teve dias melhores e conhecia a decepção que não queria trazer àqueles que a queriam por perto.
Tinha também prioridades, Hobbes, amigos e um passado como qualquer outra pessoa. Talvez um passado um pouco mais intenso - isso não significa que tenha sido melhor - que boa parte de seus colegas. Era uma vida feliz; com altos, baixos; felicidades, tristezas; ilusões e tantas quanto, as decepções.
Sorria durante uma parte considerável do dia e não era só por aparências. Ela era feliz. Com amigos, um futuro e passado traçados, e uma paixão para encorajá-la a seguir por mais que não fosse um romance como suas amigas descreviam; ela estava satisfeita em ter alguém para admirar.
Esse alguém, como nos seus mais profundos devaneios: tudo aquilo que ela via em filmes e admirava: Alto, loiro, olhos claros, magro, calado, tímido e um olhar covardemente sedutor.
Não precisava ser seu namorado, ela o possuía de certa forma que ele não imaginava e jamais imaginaria. Como em um sonho.
Era daquela forma que ela se acostumou com o ‘amor’ tão citado. Aquele sentimento parecia um encaixe perfeito à descrição dos livros e amigas: primeiro olhar congelante; procura pelos cantos; Calafrios e arrepios com a possibilidade de se conhecerem e se aproximarem e finalmente travar da forma mais ridícula possível com as palavras diante dele e despedir de mais uma chance de aproximação. Tudo bem,ela é acostumada e está quase começando a se encorajar parar despejar todas as suas ânsias e sentimentos acumulados por ele por tanto tempo, e coitado, ele mal tem culpa ou sequer imagina a situação em que se metera. Quem manda aparentar ser tão perfeito?
Os dias passam, a certeza dela sobre tal atitude cresce e quando ela alcança seu estopim, toma sua decisão. Um olhar muda tudo aquilo, toda convicção vai por água a baixo e um sujeito estranho com pinta de malandra e todas as qualidades negativas imagináveis para ela se mostraram em sue sorriso. Já era tarde. Os olhares sedutores do cara com pinta de ator já não surtiam mais efeitos e por mais que fosse difícil para ela admitir, ela já sabia que era com ele que estava seus pensamentos. Que quando estivesse desprevenida, seria ele quem a surpreenderia.. Doía, mas é o jogo da vida.
O sonho do amor, como tudo, teve seu inicio, meio e fim. E na verdade, também não era amor. Só uma dose mais forte do que ela provara antes.
Como um sonho. Ela acordou.

domingo, 22 de março de 2009

Se ele dança, eu danço.

Palavras são desnecessárias quando o ritmo chama pela alma. Um olhar. As mãos estão atadas e a melodia conduz todo o mais.
A música - a linguagem da alma -, leva passos de um lado ao outro, giros e giros estendidos. O sorriso se abre conforme a sintonia dos passos e a mente se conecta. Assim segue uma após a outra.
O corpo reclama por dores, a mente e o coração estão felizes por aquele momento. Respeito. Uma trégua ao corpo e um novo momento para novos pensamentos.
O ritmo diminui; as batidas aumentam, e, por mais que o físico esteja agora na brisa, o calor aumenta só pela presença de seu parceiro. Não é um parceiro qualquer.
A alma se está acalorada, o corpo numa dança sem ritmo e assim a noite segue em sua dança com as estrelas.
A paz reina ali, por mais que a forocidade domine a mente, ainda assim é a paz naquele momento. De mais, não importa.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O circo está fexando. Dessa vez eu posso sentir. As cortinas estão se encontrando e o fogo é sufocante. Queima tanto a alma quanto as esperanças de encontrar meu ar mais uma vez fora daquilo tudo. Asfexiando. Eu deiexei acumular a sujeira, as lascas velhs por tanto tempo; e agora elas fazem isso tudo encendiar numa proporção que eu não contava.

Eu quis sentir mais uma vez aquele calor acolhedor; daqueles que se anseia por tal.
Não me permiti, me proibi. Regras simplismente não existem. E agora veio a ventania que se juntou ao clima seco que tudo se mantinha e foi o suficiente para começar o fogaril. Agora eu estou aqui me conformando com a fumaça que inalo e as cinzas que vão sobrar.

A pressão atmosférica por todos os cantos não ajudou muito a me previnir para evitar tais danos. Estive preocupada olhando pra coisas menores e não pude notar que o clima mudara e eu não pude tomar medidas para evitar isso. Estive submersa demais em coisas tão menos desimportantes...

Agora eu estou aqui observando a devastação e esperando os antigos pulmões cansarem e se entregarem junto àquilo tudo. Assim, de certa forma, observei os piores erros e posso me permitir um novo tipo de cenário.

Os circos são lindos e atraente com suas tantas cores, seus belos animais adestrados e aqueles tantos sorrisos sedutores em sua graça por seus plahaços, acrobatas e todo o mais. Mas o tecido que o cobre é frágil. Quase inflmável, talvez por ser tão belo e intenso em seus movimentos.

Por hora, eu me conformo em me recuperar da tal asfexia do meu antigo circo num quarto.
Meu palco me espera. É só uma questão de tempo pra eu conseguir subir no chão firme do palco coberto pelo teto de concreto e com portas com fechaduras. Assim, neste, só se mantem quem é permintido.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Se me pergunta por que me submeti a viver o suplício das dúvidas por dentro de suas meias palavras, a resposta se perde de forma tão contraditória quanto você diante suas atitudes, pensamentos e dizeres.
São meus olhos; por mais que eu diga um milhão de palavras - e considere isso tudo tão clichê - eu sei que sempre eles estão dispostos a me desmentir até mesmo quando apenas indago pensamentos de que não mais é você. É como se eu pudesse sentir o rubro fugor ardendo em brilho nos meus olhos que insistem em me condenar.
É te olhar, te sentir, emanar seu perfume em mim por alguns instantes e ter a plena certeza por pelo menos mais um dia - aquele dia - eu vou ter a sua presença em mim e provar, e deliciar-me mais uma vez do tão doce e verdadeiro veneno da ilusão; como uma droga , me dei ao luxo do vício de tais devaneios . Como meu combustível de humor, de amor. Um olhar teu e eu já posso despertar e brincar de sonhar pelo tempo que meu organismo não reclamar por mais uma dose de você.
É assim vendo que se descobre no meu tão íntimo, o motivo de tanta entrega, tanta submissão a um único sentimento : você é o meu combustível. Minha droga favorita e veneno doce e mortal, onde apenas este me tira e livra da agonia e da monotonia da dor e loucura da abstinência. Abstinência de alegria, de paixão, da adrenalina e da vida. Só você.